segunda-feira, 20 de abril de 2020

CONVITE 🙏🌸ORANDO COM ELAS ON-LINE 🌸🙏

Um convite da comadre Ruah à todas as mulheres IBP
Ah, minha criatura admirável...
Seja bem-vinda...
Entre, entre...
Estou esperando por você...é, por você e pelo seu espírito! Fico feliz por você ter conseguido encontrar o caminho...
Venha, sente-se comigo um pouco. (...)
Venha, experimente essa poltrona. Acho que é perfeita para o seu corpo querido.
Pronto, agora respire bem fundo... deixe os ombros caíres até o ponto que lhes seja natural. Não é bom poder respirar esse ar puro? Respire fundo mais uma vez. Vamos... Eu espero... Viu? Está mais calma, mais presente agora.
Preparei a lareira perfeita para nós. o fogo vai durar a noite inteira - suficiente para todas as nossas "histórias dentro de histórias".
Um momentinho só, enquanto termino de lavar a louça bonita. Vamos beber o que estávamos reservando para "uma ocasião especial". Sem dúvida, "uma ocasião especial" é qualquer ocasião à qual a alma esteja presente. Você já percebeu? "Reservar" para outra hora é jeito que o ego tem de dizer, rabugento, que não acredita que a alma mereça prazer dia-a-dia. Mas, ela merece, de verdade. A alma sem dúvida merece.
Por isso vamos nos sentar um pouco, comadre, só nós duas... e o espírito que se forma sempre que duas almas ou mais se reúnem com apreço mútuo, sempre que duas mulheres ou mais falam de "assuntos que importam de verdade". (...)
Trecho de "A pequena casa na floresta" - A ciranda das mulheres sábias de Clarissa Pinkola Estés.
Essas palavras podem ser lidas como um convite da comadre Ruah para todas as mulheres que desejam juntar em nosso Orando com Elas On-line.

📍Terça-feira, 21 de abril, às 19h.
📝Tema: Revestidas da Ruah para Resistir os Dias Maus
💃Convidada: Rev. Lilian Conceição
🎼Música: Andréa Laís
Participe conosco e convide as comadres! 👭

sexta-feira, 10 de abril de 2020

PÁSCOA COM MULHERES: PERTO DA CRUZ, ELAS AMARAM ATÉ O FIM

“Perto da cruz de Jesus estavam sua mãe, a irmã dela, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena.” João 19.25.

A narrativa do Evangelho de João, testemunha que as mulheres, permaneceram perto da cruz até a morte. Jesus havia dito aos discípulos que estava chegando a hora, e que todos o abandonariam e o deixariam sozinho (João 16:32). Mas, as mulheres permaneceram firmes, frente a morte e o medo de represálias. As mulheres não fugiram. Elas ficaram juntas em vigília, perto da cruz, até o momento final. Na narrativa dos outros Evangelhos, as mulheres assistiram a morte de Jesus de longe. Mas na narrativa joanina, elas ficam perto da cruz, tão perto que Jesus consegue falar com sua mãe antes de morrer (João 19:26-27). As mulheres, tendo amado a Jesus, amaram até o fim (João 13:1).
Em memória delas, desejo ardentemente, que o mundo pós-pandemia, seja mais amoroso e solidário com os corpos crucificados, incluindo, os corpos das mulheres. A primeira vítima mortal da COVID-19 no Brasil foi uma mulher pobre, empregada doméstica de 63 anos. Durante o isolamento social, registra-se aumento de violência contra as mulheres. Ficar em casa, para algumas mulheres, não é uma escolha segura. Qual “vírus” é mais ameaçador e mortal para as mulheres em seu cotidiano? Segundo Paul Ricouer, a cruz, enquanto símbolo, central na tradição cristã, convida a pensar. O símbolo da cruz e um “Deus crucificado” celebrado nesta sexta pascal, vivida em tempo de pandemia, deveria interpelar o mundo ainda mais!
Que as mulheres que ficaram perto da cruz nos convidem a pensar!


Por Odja Barros


quinta-feira, 9 de abril de 2020

PÁSCOA COM MULHERES – VIDA ACIMA DO LUCRO!


A economia do cuidado comunicada nos últimos gestos de Jesus antes da cruz, parece revelar duas coisas: Primeiro, que as mulheres estavam presentes, ainda que tenham sido deixadas ausentes na narrativa dos Evangelhos nas cenas vividas no Getsêmani, na última ceia e no ritual do lava-pés. Elas estavam presentes, porque foi com elas que Jesus aprendeu a economia do cuidado.
Segundo, revela a dificuldade dos homens-discípulos de aceitarem o messianismo proposto por Jesus: o messias-vulnerável que desejou evitar o amargo cálice do sofrimento na cruz. O messias-servo que lavou os pés dos seus discípulos e o messias-corpo que se reparte em amor.
Enquanto Jesus, desesperadamente deixava estes últimos sinais, os discípulos, discutiam sobre quem sentaria à direita e à esquerda de Jesus na glória. Traíam, vendiam e negavam a Jesus.
Celebremos essa páscoa contra toda economia que coloca o lucro acima da vida. Celebremos essa Páscoa em memória delas!

Odja Barros