Nossa
garganta é um grito! Nem Uma a Menos. Basta!
GRITO
Por
Thamara Arruda
Qual
a culpa do meu gênero?
Qual
a culpa do formato do meu órgão genital?
Que
violência é essa na minha mente?
Quem
é você que se acha o tal?
Meu
seio já não produz leite
Meu
seio produz sangue
Meu
ventre gera vida
Meu
corpo, um perigo constante
Quem
é você que me toma por um instante?
Minha
garganta é um grito, eu preciso de uma voz
Preciso
de liberdade
Não
preciso de um algoz
Até
quando choros silenciados?
Até
quando bocas amordaçadas?
Um
olhar agoniado, desesperado
Palavras
e atitudes que matam
Ei
vocês, me escutem
Me
ajudem
Me
ouçam
Pelo
amor de Deus, pelo amor de Javé, pelo amor de Alá
Me
socorram!
Me
emprestem seus ouvidos
Me
estendam as mãos
Para
que eu não seja mais uma, e mais uma
Com
o corpo estendido no chão
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